Sunça no Cinema – Mais Forte que o Mundo – A História de José Aldo (2016)

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Nascido e criado em Manaus, José Aldo (José Loreto) precisa lidar com a truculência do pai, Seu José (Jackson Antunes), que além de se embebedar constantemente ainda por cima bate na esposa, Rocilene (Cláudia Ohana), com frequência. Enfrentando constantemente seus demônios internos, Aldo encontra na luta sua válvula de escape. Acreditando em seu futuro como lutador, ele aceita se mudar para o Rio de Janeiro e morar de favor no pequeno alojamento de uma academia. Lá ele recebe o apoio do amigo Marcos Loro (Rafinha Bastos) e conhece Vivi (Cleo Pires), uma jovem que vai constantemente à academia. Precisando ralar um bocado para se manter, Aldo enfim consegue um voto de confiança do treinador Dedé Pederneiras (Milhem Cortaz), iniciando assim sua carreira no mundo do MMA.

104 min – 2016 – Brasil

Dirigido e roteirizado por Afonso Poyart. Com José Loreto, Cléo Pires, Rômulo Arantes Neto, Jackson Antunes, Cláudia Ohana, Milhem Cortaz, Paloma Bernardi.

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Mais forte que o mundo é o terceiro longa do diretor Afonso Poyart, que iniciou muito bem sua carreira com o ótimo 2Coelhos. Em seu primeiro trabalho o diretor utilizou todo tipo de efeito e recurso que tinha disponível. Sua empolgação era clara e acabou causando uma incoerência visual na narrativa e linguagem, em um filme que empolga e cativa o espectador. Seu atual trabalho é mais contido,  existe coerência visual na narrativa e linguagem que é bem utilizada ao longo de toda a projeção para mostrar o perigo e a intensidade do principal inimigo de Aldo, ele mesmo.   

As cenas iniciais se passam seis anos antes dos acontecimentos do longa, acompanhamos José Aldo (José Loreto) nascido e criado em Manaus. Seu José, o pai do lutador, em uma boa interpretação de Jackson Antunes se embebeda constantemente e desconta as decepções e frustrações que sofre na vida em sua esposa Rocilene (Cláudia Ohana), que apanha com frequência. Sua rotina de violência domestica mais a rivalidade com Fernandinho (Rômulo Arantes Neto) no treino e por Luiza (Paloma Bernardi), representa bem a falta de perspectiva do atleta em Manaus e como a cidade para ele é um ambiente opressor. Em uma luta constante com seus demônios internos Aldo busca na luta sua redenção e alívio. Quando não é mais possível conviver com seu pai ele se muda para o Rio de Janeiro e passa a morar de favor em um pequeno alojamento de uma academia. Aldo e seu amigo Marcos Loro (Rafinha Bastos) para se manter trabalham em uma academia como faxineiros, lá ele conhece Vivi (Cleo Pires) com quem desenvolve um relacionamento. Mas sua carreira de lutador só começa a caminhar quando consegue impressionar o treinador Dedé Pederneiras (Milhem Cortaz), que passa a acreditar no lutador e o ajuda a iniciar seu percurso no MMA.

É uma história de superação e redenção através do esporte. Um homem comum que comete diversos erros, sempre lutando e batalhando para tentar alcançar seus objetivos. Esse é justamente um dos méritos do filme que não busca endeusar seu protagonista e nem retratá-lo como um herói brasileiro. É um drama pessoal e familiar de um rapaz de origem humilde que vê no MMA sua oportunidade de uma vida melhor. Um Rocky Balboa brasileiro.

Poyart sabe utilizar muito bem a figura de Fernandinho para mostrar como o próprio lutador se mantinha preso a sua terra natal, os problemas que lá sofreu e a vida de humilhações e dificuldades que lá deixou. É nítida a diferença das tomadas em Manaus, onde o tom é sempre mais escuro e amarelo, e no Rio de janeiro, onde temos tomadas mais abertas, trilhas suaves, e cores claras e positivas, um verdadeiro recomeço para Aldo. Com uma linguagem moderna e ágil consegue intensificar diversos momentos da trama, nas lutas o uso da câmera lenta é eficaz em aumentar a tensão e drama. Mais Forte que o Mundo – A História de José Aldo têm uma narrativa forte que oscila entre drama, romance e até comédia, sabe intercalar bem seus planos mais intensos com sequências mais calmas. Envolve seu espectador e nos mostra, que algumas vezes, nós somos nosso maior inimigo.   

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Nota do Sunça:

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