Sunça no Streaming – Space Jam: Um Novo Legado – HBO Max (2021)

Em Space Jam: Um Novo Legado, a inteligência artificial, Al G (Dom Cheadle) sequestra o filho de Lebron James e envia o lendário jogador dos Los Angeles Lakers para uma realidade paralela, onde vivem apenas os personagens de desenho animado da Warner Bros. Para resgatar o seu filho, ele precisará vencer uma partida épica de basquete contra superversões digitais das maiores estrelas da história da NBA e da WNBA. Para essa dura missão, King James terá a ajuda de Pernalonga, Patolino, Lola Bunny, dentre outros personagens consagrados de Looney Tunes.

115 min – 2021 – EUA

Dirigido por Malcolm D. Lee. Roteirizado por Juel Taylor, Tony Rettenmaier, Keenan Coogler, Terence Nance, Jesse Gordon, Celeste Ballard. Com LeBron James, Don Cheadle, Cedric Joe, Khris Davis, Sonequa Martin-Green, Ceyair J Wright, Harper Leigh, Xosha Roquemore, Stephen Kankole, Jalyn Hall, Wood Harris, Jordan Thomas, Sue Bird, Anthony Davis, Draymond Green, Damian Lillard, Klay Thompson, Nneka Ogwumike, Diana Taurasi, Aja Wilson, Randy Mims, Gerald ‘Slink’ Johnson, Sarah Silverman, Steven Yeun, Ernie Johnson, Lil Rel Howery, Michael B. Jordan, Jeff Bergman, Zendaya, Gabriel Iglesias, Eric Bauza, Candi Milo, Bob Bergen, Fred Tatasciore, Rosario Dawson, Justin Roiland, Kimberly Brooks.

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Em 1996 “Space Jam: O Jogo do Século” colocou Michael Jordan ao lado dos Looney Tunes em uma partida de basquete para salvar a vida de nossos queridos personagens animados. Agora em 2021 a Warner repete a parceria de um grande astro da NBA com Pernalonga e sua turma em “Space Jam: Um Novo Legado”. O primeiro longa tinha uma história simples apenas para justificar o encontro dos desenhos e Michael. Apesar de falho é lembrado com muito carinho por todos que o assistiram na época. Eu sou um deles. A sequência retrata o encontro dos cartuns com o jogador, e astro da NBA, LeBron James. 

“Space Jam: Um Novo Legado” falha ao não evocar o sentimento de nostalgia. Tirando algumas pequenas menções e o fato de os Looney Tunes demonstrarem que lembram dos acontecimentos do primeiro filme, a sequência evita o assunto. O que frustra os fãs que ficam eternamente esperando uma referência, e olha, que referências não faltam. A obra tem como um de seus pilares mencionar e remeter a produções da Warner, todas presentes na HBO Max. Logo, a projeção funciona como uma grande propaganda do catálogo do serviço de streaming. É estranho pensar que o próprio longa original é parte desse acervo, e, logo, poderia facilmente estar presente na trama. O Tune Squad merecia relembrar os seus tempos de glória. “Um Novo Legado” não é um reboot e também não é uma sequência. Mas se mostra como um resgate de Pernalonga e sua turma, sem vergonha de apontar o dedo para a Warner e dizer que a empresa deixou seus personagens de lado. Nesse ponto acerta em cheio, valorizando e trazendo à tona os Looney Tunes que tanto amamos. 

Na trama a inteligência artificial Al G Rhythm (Don Cheadle) sequestra o filho de Lebron James e força o jogador a entrar em uma realidade virtual (Acervo da HBO Max) onde estão todos os personagens de filmes e franquias da Warner. Lebron tem que convocar um time e vencer uma partida de basquete para ter seu filho de volta. Dessa vez não são os Looney Tunes que precisam de ajuda, e sim, o astro da NBA. Como James pode optar por qualquer personagem/pessoa dentro deste catálogo, os cartuns não eram sua primeira opção. Lebron acaba aceitando os desenhos animados em seu time por falta de opção. O filme dedica um bom tempo a seleção e convocação dos jogadores, e ao invés de trazer piadas divertidas com os personagens em franquias do estúdio, opta pelo caminho mais fácil apenas retratando cada um deles em outras obras do serviço de streaming. Fazendo assim um passeio pelo catálogo da HBO Max. O aguardado encontro de Lebron com Pernalonga, Patolino, Lola e os demais, demora a acontecer. Quando acontece é frustrante, ao invés da versão em carne e osso do jogador é uma versão cartunesca e animada que conhece os Looney Tunes. Essa é a “forma” do jogador por boa parte da projeção.       

O vilão Al G Rhythm é uma opção interessante. A pronúncia de seu nome é “Algoritmo” e seu plano é como os algoritmos de redes sociais e streamings funcionam. Com todo o banco de dados da Warner a sua disposição, ele queria produzir diversos filmes e séries com o astro da NBA unindo diferentes franquias com o único objetivo de gerar lucro. Quando Lebron James nega o convite, ele surta e rapta seu filho. Os algoritmos são um grande problema que enfrentamos hoje em dia, acho extremamente louvável debatê-los e criticá-los. Realmente me parece uma ótima ideia colocá-lo como vilão. O problema é que “Space Jam: Um Novo Legado” parece exatamente uma das obras que Al G Rhythm queria produzir.    

Don Cheadle é um vilão caricato e megalomaníaco. Lebron James demonstra carisma e um nível de atuação melhor do que o de Michael Jordan. A família de Lebron no filme são atores o que faz o longa perder um pouco a magia. No original tivemos a família verdadeira de Michel o que perdeu em qualidade de atuação, porém agrega em verossimilhança. Outro problema é que a obra dedica boa parte de seu tempo a uma relação problemática entre Lebron e seu filho Dom James (Cedric Joe). Um problema entre pai e filho que não evolui e toda vez que aparece em cena é a mesma problemática piegas. 

Não é surpresa que o melhor de “Space Jam: Um Novo Legado” seja justamente o jogo de basquete. A sequência que a obra dedica menos tempo, ao longo de sua duração. O texto inclusive interrompe o jogo para voltar com o conflito piegas de pai e filho. Porém quando os Looney Tunes colocam em quadra seu humor pastelão e trejeitos característicos é quando tudo ganha vida. Assistir a partida exige um esforço, já que o longa, literalmente, nos obriga a ver e procurar referências vazias ao longo de toda a sequência final. “Um Novo Legado” nos permite matar as saudades de nossos queridos cartuns, demonstra amor por esses personagens e uma vontade de voltar a dá-los o destaque merecido. Pena que isso aconteça em um filme de referências vazias, e que se recusa a referenciar o seu original. Insiste em um drama bobo que não evolui e faz mais propaganda do que devia sem ao menos saber tirar proveito do catálogo que tanto exibe.

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Nota do Sunça:

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