Sunça no Cinema – Te Peguei! (2018)

Desde a primeira série na escola um grupo de cinco amigos têm um hábito curioso, que realizam pelo menos uma vez ao ano: brincar enlouquecidamente de pega-pega, correndo em uma partida alucinante para ser o último homem de pé ao final da brincadeira, arriscando seus empregos e relacionamentos. Neste ano, que coincide com o casamento do jogador invicto da trupe, eles farão de tudo para derrubá-lo no momento de vulnerabilidade.

101 min – 2018 – EUA

Dirigido por Jeff Tomsic , roteirizado por Rob McKittrick e Mark Steilen. Com: Ed Helms, John Hamm, Jeremy Renner, Hannibal Buress, Jake Johnson, Isla Fisher, Rashida Jones e Leslie Bib.

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“Você não para de brincar porque envelhece. Você envelhece porque para de brincar.”

Pessoalmente acho difícil discordar ou não se identificar com o argumento acima. Frase que é o lema de um grupo de amigos que há décadas jogam a mesma partida de pega-pega. E essa é a linha guia de “Te Peguei!”, longa inspirado em uma história real, e que utiliza como base um artigo de Russell Adams do “Wall Street Journal”. (“It Takes Planning, Caution to Avoid Being I’t”) Os amigos seguiram com suas vidas, se mudaram, casaram, porém uma vez por ano, no mês de maio, eles se perseguem para brincar. Afinal, ninguém quer ser o “pega” pelo ano inteiro.

Bob (John Hamm), Hogan (Ed Helms), Chilli (Jake Johnson), Kevin (Hannibal Buress) e Jerry (Jeremy Renner) são amigos de infância que não medem esforços para manter a sua tradição do pega-pega. Os protagonistas elaboram planos mirabolantes, com situações inusitadas e estratégias malucas que vão até às últimas consequências, o jogo não pode parar. A trama é simples, Jerry planeja se aposentar da brincadeira depois da atual edição. Ele tem o recorde perfeito e nunca foi pego. Invicto há décadas, ele é muito bom no que faz e consegue sempre escapar das investidas dos colegas. O jogo coincide com o casamento de Jerry e Hoagie decide que antes da aposentadoria do amigo eles têm que conseguir pegá-lo.

O grande desafio de “Te Peguei!” é utilizar essa interessante premissa, expandi-la e manter o espectador interessado durante toda a obra. E, é claro, fazer rir durante o percurso. E nisso, o filme é bem sucedido. O roteiro de Rob McKittrick e Mark Steilen cria bons personagens, com os quais nos identificamos,  e com relações críveis. Acreditamos de fato que aquele é um grupo de amigos de infância. No meu caso, (Tenho um grupo de amigos desde os três anos de idade) a empatia com o grupo e suas rixas, suas piadas, brincadeiras e ,como vemos no final, o amor um pelo outro foi imediata. Tudo isso em grande parte devido ao elenco principal que faz um ótimo trabalho. A produção ainda conta com Isla Fisher, Leslie Bibb, Annabelle Wallis e Rashida Jones, que também fazem um bom trabalho. O roteiro não é perfeito, é frágil e possui vários problemas. Um deles é a personagem Rebecca Crosby (Annabelle Wallis), inicialmente seu papel é de ajudar o espectador a entender aquele mundo, acompanhando os acontecimentos de perto. Porém rapidamente é esquecida e colocada em segundo plano. Passando até mesmo a ser desnecessária para o enredo.

O diretor Jeff Tomsic também é um grande responsável por fazer as piadas e a trama funcionar. Os momentos do jogo são filmados como se fossem grandes cenas de ação, com um interessante apelo visual. Cortes rápidos e movimentos de câmera nos colocam em sequências que parecem ter saído de um filme de ação. Destaque para as cenas em que Jerry é atacado pelos amigos e passa a antever seus movimentos. O ritmo narrativo é dinâmico e varia entre comédia, ação e até mesmo o  drama. Em sua maioria as cenas são atraentes e engraçadas.

“Te Peguei!” é uma comédia. Logo, seu propósito principal é fazer rir. Comédia é um gênero difícil de fazer e de analisar. O senso de humor de cada pessoa varia muito. Uma mesma cena causa gargalhadas em uns e asco em outros. Contando a seu favor o filme tem seus personagens e temas da infância com forte identificação. Uma boa premissa, que evoca nostalgia e traz a tona nossas lembranças de meninez. O longa é divertido, cativante e problemático assim como as amizades de longa data. E sim, ele faz rir e é engraçado.        

Obs. Nos créditos inciais vemos vídeos dos amigos reais brincando.

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Nota do Sunça:

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