Sunça no Cinema – John Wick: Um novo dia para matar (2017)

O lendário John Wick é forçado a deixar a aposentadoria em função de um criminoso que conspira para tomar o controle de um clã de assassinos internacionais. Por causa de um pacto de sangue, John Wick viaja para Roma com o objetivo de ajudar um velho amigo a derrubar a organização internacional secreta, perigosa e mortal de assassinos procurados em todo o mundo.

123 min – 2017 – EUA

Dirigido por Chad Stahelski, roteirizado por Derek Kolstad. Com Keanu Reeves, Bridget Moynahan, Common, Heidi Moneymaker, Ian McShane, John Leguizamo, Lance Reddick, Laurence Fishburne, Marko Caka, Marmee Cosico, Nancy Cejari, Peter Stormare, Riccardo Scamarcio, Ruby Rose, Thomas Sadoski, Tobias Segal, Toshiko Onizawa.

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Eventualmente somos surpreendidos com bons filmes de ação que parecem surgir do nada, um bom exemplo é “Busca Implacável” que consagrou o coroa Liam Neeson no hall dos grandes brucutus do cinema. Podemos dizer o mesmo de “John Wick: De volta ao jogo” que com uma premissa simples e eficiente nos entregou um thriller de vingança esperto e ágil que foi bem sucedido não por uma complexidade na trama, mas sim por suas cenas de ação elegantes e bem trabalhadas. Além de nos presentear com um Keanu Reeves cinquentão, em plena forma física, competente e com uma desenvoltura impressionante. Wick certamente daria um “couro” em Neo. E agora Reeves retorna ao papel do “bicho-papão”, novamente ao lado do diretor Chad Stahelski (que dividiu a direção do primeiro com David Leitch), e se consagra de vez como um brucutu dos cinemas.

No filme anterior encontramos um John aposentado, que conseguiu sair da vida de matador e constituir família. Porém sua aposentadoria não vai bem e acompanhamos o desandar dessa etapa em sua vida. É um filme de vingança com um protagonista desiludido que um dia foi uma lenda vida e aos poucos vai retornando a sua boa forma. Em “John Wick: Um novo dia para matar” Wick já está em forma, desta maneira o filme já começa em uma perseguição. Na verdade é a busca por seu carro e uma bela apresentação do personagem principal. Então, ainda que não tenha assistido ao primeiro filme da série, a sequência inicial já nos deixa a par do perigo que é John Wick. Enquanto Abram, o personagem de Peter Stormare, descreve o protagonista acompanhamos o próprio em ação, sempre nas sombras como um mito até que em determinado momento seu rosto emerge das sombras. É uma boa introdução do personagem e uma recapitulação do que aconteceu no longa anterior. O roteiro de Derek Kolstad é inteligente ao não explicar demais a história, quase tudo é dito por gestos, trejeitos e luta.

Chad Stahelski imprimi o mesmo estilo do filme inicial, o manuseio das armas, os tiroteios as lutas, são bem executadas e impressionam. O visual de cada cena é caprichado. É uma apresentação de balé brutal feita para os fãs de filme de ação. Sequências realistas, porém exageradas, extremamente violentas, bem humoradas e viscerais. John deixa um pilha de corpos por onde passa, mas assim como no filme anterior, também se machuca e chega a apanhar bastante ao longo da trama. Sequências em uma atração de espelhos de um museu, tiroteio em movimento dentro de um show/boate, quedas escadarias abaixo, tiroteios “a paisana” no metrô e para os fãs do primeiro longa a realização do sonho de ver John Wick utilizando um lápis. O submundo dos assassinos está de volta, aliás bem ampliado e exagerado, agora ele é colocado como uma organização internacional. Mas é interessante ver como funciona o mundo dos assassinos mais de perto. Acompanhamos o protagonista se preparando, equipando e planejado o trabalho (que o levou de volta a ativa), para depois na sequência acompanhar toda a execução, é claro. Na trama John Wick (Keanu Reeves) é forçado a deixar a aposentadoria devido a uma antiga dívida e então acaba se envolvendo mais ainda com o mundo que tentou deixar para trás. A história é simples, direta e eficaz e não tenta fazer mais do que se propõe. Wick está de volta, tem que lidar com alguns problemas e deixa um rastro de corpos por onde passa. Vários personagens retornam, e o elenco ganha algumas adições de peso, como Laurence Fishburne que têm pouco tempo de tela, mas parece ganhar destaque para um futuro terceiro longa.

Um grande acerto do filme é também seu seu protagonista, sua superação e o empenho a cada obstáculo nos cativa, e a dedicação de Reeves no papel é impressionante. Sempre que o protagonista se mostra uma lenda e/ou um perigo a trilha sonora acompanha com acordes que remetem aos pistoleiros de faroeste. É interessante reparar também nas pausas antes dos tiroteios e lutas como se fossem duelos e a participação de Franco Nero (o eterno Django) confirma essa ideia de pistoleiro solitário. É maravilhosa sequência em que John é perseguido por inúmeros assassinos e vai enfrentando um a um, o que também nos prepara para o final, e o perigo que John Wick vai se encontrar. Aliás é clara a intenção de um terceiro, e bem mais ousado, filme. “John Wick: Um novo dia para matar” é mais violento e exagerado que seu antecessor. É engraçado em alguns momentos e conta com lutas e tiroteios viscerais. É clara a intenção de construir uma franquia,  o que me soa  muito bem. Que venha mais de John Wick!  

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Nota do Sunça:

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