Sunça no Cinema – Internet: O filme (2017)

A realização de uma convenção de youtubers em um hotel atrai influenciadores de todo tipo e, é claro, seus fãs. A estrela maior do evento é Uesley (Gusta Stockler), um arrogante youtuber que destrata todos à sua volta e apenas se importa com a própria popularidade. Ao publicar em seu canal o flagra do beijo entre Mateus (Felipe Castanhari) e Natalia (Pathy dos Reis), Uesley sem querer impulsiona a popularidade da dupla, que passa a conquistar fãs como casal e, consequentemente, ofuscá-lo. Paralelamente, três amigos fazem uma aposta para que Vepê (Teddy) seduza Barbarinha (Polly Marinho), em troca de uma passagem para Los Angeles, e duas amigas, Malu (Thaynara OG) e Fabi (Gabi Lopes), chegam ao hotel sem saber que o local será palco de uma convenção de youtubers. Há ainda Cesinha Passos (Rafinha Bastos), que precisa aprender a lidar com a má fama que possui ao mesmo tempo em que convive com Adalgamir (Paulinho Serra), um fã que passa a trabalhar com ele, e também Paulinho (Rafael Cellbit), especialista em Street Fighter que se fantasia como youtuber e agora sofre a ameaça de ser desmascarado.

96 min – 2017 – Brasil

Dirigido por Filippo Capuzzi Lapietra, roteirizado por Rafinha Bastos. Com Gusta Stockler, Teddy, Rafinha Bastos, Felipe Castanhari, Pathy dos Reis, Cauê Moura, Julio Cocielo, Thaynara OG, Rafael Cellbit, Mr. Poladoful, Mauro Nakada, Igão Underground, Gabi Lopes, Paulinho Serra, Polly Marinho, Mr. Catra, Victor Meyniel e Micheli Machado.

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O youtube vêm se consagrando como a “nova televisão”. Muitos jovens já não acompanham a tv aberta e os canais a cabo, dedicam seu tempo cada vez mais a vloggers e bloggers. E, é claro que o cinema não iria perder a chance de fazer dinheiro em cima dos milhões de inscritos nos canais dessas webcelebridades. O que não é um problema, desde que o produto final seja bem produzido e que almeje algo mais do que apenas o sucesso financeiro. Mas as tentativas recentes nos mostram que o objetivo é mesmo ganhar em cima da popularidade já conquistada por esses youtubers. Os fracos “É Fada” e “Eu fico Loko” são bons exemplos da tendência atual do mercado, até mesmo o bom “Contrato Vitalício” acaba depondo contra as tentativas de “levar o youtube” para a telona.

Em “Internet: O filme” a proposta é justamente tirar proveito de alguns famosos do Youtube. O objetivo é claro, lotar os cinemas de fãs. Uma pena que para isso não se preocupe com o produto que está entregando. A cena inicial mostra isso, é um plano sequência que nos mostra todos os personagens. Na verdade o que ela diz é: “Dá só uma olhada no tanto de webcelebridades que está nesse filme, não vai perder né?”. E a partir daí o que acompanhamos é uma série de quadros sem nenhuma conexão mas que se passam no mesmo evento. Não existe uma trama guia, nem a tentativa de nos contar uma história. São amigos que apostam quem vai pegar a gordinha, um cãozinho deprimido, duas amigas que aparecem por lá, um casal queridinho, um sequestro e Rafinha Bastos se auto-intitulando de cuzão. (Mais ou menos uma centena de vezes.) Para muitos os youtubers não têm um propósito, só querem ser conhecidos e obter a fama (E dinheiro). O que me parece bastante injusto afirmar desses produtores de conteúdo, mas bem razoável para descrever esse filme.   

Então, o longa de Fillippo Lapietra têm uma estrutura simples.  São planos fechados, cenários no estilo “A praça é nossa” e “Zorra total”, uma edição ágil focada nas piadas rápidas e com a intervenção de títulos, vídeos e memes. Lembrando bastante os vídeos dos vloggers que atuam na obra. Um conhecimento prévio de quem são aqueles youtubers se faz necessário, uma vez que “Internet: O filme”, além de ridicularizar os diversos “tipos” de apresentadores do Youtube, parece estar sempre brincando com as reais personas de seus atores. O reclamão está sempre reclamando, a snapchater famosa não gosta de snapchat, o gamer mau é um “bundão” e o Rafinha Bastos nas próprias palavras: É um cuzão. O que até causa algumas risadas, mas acaba nos tirando de dentro do filme a todo instante. Estamos sempre nos perguntamos qual youtuber é aquele, ou como são mesmo os vídeos dele?

Sem narrativa, sempre na busca da piada fácil e com a excessiva utilização de memes esse é o “Internet: O filme”. Que promete ter uma vida tão curta em nossas memórias quanto os diversos vídeos que assistimos diariamente em nossos dispositivos. Vale ressaltar a ironia de em um filme, onde a internet é o foco, as melhores participações serem de Raul Gil, Palmirinha e na melhor sacada do longa o Mr. Catra.   

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Nota do Sunça:

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