Sunça no cinema – As Tartarugas Ninja – O Retorno (2007)

As Tartarugas Ninja - O Retorno (2007)

 

Leonardo (James Arnold Taylor) esteve fora em uma missão de treinamento especial, o que fez com que seus irmãos Michelangelo (Mikey Kelley), Donatello (Mitchell Whitfield) e Raphael (Nolan North) ficassem sem orientação. Quando estranhos eventos ocorrem em Nova York, envolvendo o milionário industrial Max Winters (Patrick Stewart), as Tartarugas Ninja, com a ajuda do mestre Splinter (Mako), mais uma vez se reúnem para proteger a cidade.

87min – 2007 – EUA

 

Dirigido por Kevin Munroe. Com as vozes de James Arnold Taylor, Nolan North, Mikey Kelley, Mitchell Whitfield, Patrick Stewart, Kevin Smith, Ziyi Zhang, Sarah Michelle Gellar, Chris Evans, Laurence Fishburne, Kevin Michael Richardson e Mako.

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O quarto longa-metragem das Tartarugas Ninja, o primeiro em animação, não ignora os longas anteriores, mas também não se relaciona diretamente com eles. Aliás, neste filme os adolescentes mutantes são reapresentados para o público. Afinal, o terceiro longa foi lançado em 1992 e a animação “As Tartarugas Ninja: O Retorno” foi lançado em 2007, quinze anos após a “turtlemania”.

Logo no início, percebemos que este filme é uma “vida nova” para nossas Tartarugas. Nova logo, mais moderna e sóbria, novo design, bonito e estiloso, e uma nova aventura, mais mirabolante e grandiosa. Na cena de abertura nossos heróis lutam e treinam, enquanto se deslocam como uma unidade pelos terraços dos prédios de Nova Iorque. Neste momento temos uma recapitulação na forma de uma narração em off da história do grupo. Na sequência somos levados ao passado com imagens em tons de sépia e a narração em off nos apresenta a nova ameaça, nascida a três mil anos atrás. Um guerreiro com o nome de Yaotl e seus quatro generais descobriram a fonte de um grande poder, que transforma Yaotl em um ser imortal e seus quatro generais em pedra.

Depois dessa reapresentação vamos direto para a América Central onde um vilarejo passa por dificuldades e o “fantasma da selva” os salva. April O’Neil (que de jornalista passou a ser… o quê mesmo?) chega na vila e adentra a selva atrás desse espírito. Ela, é claro, encontra problemas e é salva por Leonardo, o “fantasma” Dessa forma, somos apresentados a Leo, com direito a uma legenda. Numa conversa entre os dois no entorno de uma fogueira, somos apresentados às demais Tartarugas e suas atividades atuais que combinam, é claro, com a personalidade de cada um. Vale ressaltar que todos nossos heróis também vêm acompanhados de suas respectivas legendas. É de fato uma apresentação das Tartarugas para uma nova geração. Na conversa percebemos também que Donatello, Raphael e Michelangelo ficaram perdidos sem a orientação de seu líder Leonardo, que se recusa a retornar para casa já que acredita ter falhado em seu treinamento na América Central.

Depois somos apresentados a Max Winters, a aparente ameaça, que pretende reunir os 13 monstros libertos no portal que Yaotl criou no passado. Então, ainda sem saber dos planos malignos, Leo retorna e tenta reassumir a posição de liderança do grupo e colocá-lo em forma. Nitidamente, o grupo não está unido e não se comporta como uma unidade: em sua primeira noite de treinamento ninguém respeita os comandos de Leonardo e quando enfrentam o monstro macaco tomam uma surra.

Os 13 monstros, além de ter um belo design, são poderosos e rendem boas sequências de ação,  como a luta entre Nightwatcher (Raphael) e o mostro diabinho. Detalhe para a trilha rock`n`roll durante a cena que elegantemente se cessa durante os períodos de pausa da batalha. A cena de captura das 13 criaturas também é interessante. Nela vemos toda a captura do primeiro monstro, os planos são mais abertos, já para os monstros seguintes, os planos vão se fechando e diminuindo o tempo de duração, onde vemos etapas da captura, e então no fim temos apenas os monstros sendo colocados nas jaulas. No final, um movimento de câmera para o alto nos revela que faltam apenas três monstros.  O único ponto negativo dos monstros é que são mal explorados pela trama. Após o primeiro combate, temos a cena de captura e assim já são 9 seres capturados. Os monstros na verdade são como “relíquias” que devem ser coletadas e não causam maiores estragos. Também é um pouco difícil de acreditar que 13 monstros ficariam a solta em Nova Iorque sem que a população e as autoridades percebessem.

Os personagens poderiam ser melhor trabalhados, enquanto a relação entre Raphael e Leonardo é bem explorada e rende bons momentos, como a luta no terraço entre os dois e o momento em que Rapha dá novas espadas ao irmão, após ter destruído as antigas. Alguns personagens me parecem abandonados. Michaelangelo e Donatello ficam apenas como alívios cômicos, April faz todas as ações necessárias para que a trama caminhe adiante e Casey Jones sempre se provando um personagem interessante é basicamente um coadjuvante de luxo sem importantes participações na trama. Aliás, no inicio a trama sugere problemas de relacionamento entre ele e April, o que depois é simplesmente ignorado. O roteiro, que nos revela tudo logo no início, guarda uma reviravolta para o terceiro ato, que nos presenteia com uma boa cena de luta das Tartarugas Ninja com direito a uma frase de efeito de Mestre Splinter: “- Eles podem enfrentá-lo, eles são um!”.

13 monstros, um general imortal e estátuas de pedras malignas resumem a trama dessa grandiosa aventura. Tudo isso enquanto os quatros irmão se “reacostumam” uns com os outros e retomam a antiga vida de vigilantes de uma Nova Iorque sombria e chuvosa. Um longa que mostra os personagens de maneira mais adulta, apostando em estilo e na qualidade gráfica com uma animação fluida e convincente. Essa aventura exagerada e um pouco mal construída é o quarto longa-metragem de nossos heróis, que pode não ter sido tão bom quanto o primeiro, mas é uma divertida maneira de matar a saudade das Tartarugas Ninja.

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Nota do Sunça: nota3_suncanocinema_fantasticomundodesunca

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