Sunça no Cinema – Megatubarão (2018)

Na fossa mais profunda do Oceano Pacífico, a tripulação de um submarino fica presa dentro do local após ser atacada por uma criatura pré-histórica que se achava estar extinta, um tubarão de mais de 20 metros de comprimento, o Megalodon. Para salvá-los, oceanógrafo chinês (Winston Chao) contrata Jonas Taylor (Jason Statham), um mergulhador especializado em resgates em água profundas que já encontrou com a criatura anteriormente.

114 min – 2018 – EUA

Dirigido por Joel Turteltaub, roteirizado por Dean Georgaris, Jon Hoeber e Eric Hoeber. Com: Jason Statham, Cliff Curtis, Li Bingbing, Shuya Sophia Cai, Ruby Rose, Rainn Wilson, Jessica McNamee e Page Kennedy.

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Jason Statham já pilotou carros de forma magistral na série “Carga Explosiva”, foi parceiro de Stallone, Schwarzenegger e Bruce Willis na franquias “Os Mercenários” e já “caiu na mão” com Vin Diesel e Dwayne Johnson (Um tal de The Rock) em “Velozes e Furiosos”. Vale lembrar, que ele chegou a ressuscitar em “Assassino a Preço Fixo 2 – A Ressurreição”. Logo, fica difícil imaginar uma ameaça capaz de encarar o brucutu. É nesse contexto, que chega às telonas “Megatubarão”. Uma criatura pré histórica que vai ter a audácia de “literalmente” lutar mano-a-mano com o astro.

O longa, adaptado de uma série de livros (MEG de Steve Alten), traz de volta a superfície do oceano um tubarão de vinte metros de comprimento. Na verdade um animal supostamente extinto, o megalodon. O que realmente impressiona é que “Megatubarão” apresenta boas idéias e conceitos visuais interessantes. Uma boa abordagem de seu diretor, Joel Turteltaub, que apresenta cada situação em uma determinada atmosfera. Aventura, ação, suspense, horror e comédia são algumas das abordagens. O roteiro de Dean Georgaris, Jon Hoeber e Eric Hoeber, consegue trazer credibilidade para a existência do megalodon. É uma explicação frágil que funciona dentro da coerência interna da trama.

No enredo uma estação de pesquisa submersa, a Mana One, financiada pelo bilionário Morris (Rainn Wilson) executa uma expedição para mergulhar além do suposto ponto mais profundo do oceano. Quando a empreitada dá errado a tripulação de um submarino fica presa quilômetros abaixo da superfície. A missão de resgate fica a cargo de Jonas Taylor (Jason Statham), um bêbado, desacreditado, considerado louco e com os músculos do abdômen extremamente definidos. (Muito enfatizados em uma cena do herói seminu). Taylor têm um trauma não superado de um resgate anterior e por isso estava “aposentado”. Mas retorna ao serviço para resgatar a equipe de Mana One. A trama traz, de forma estereotipada, o melhor amigo (Cliff Curtis), a inteligente e interesse romântico (Li Bingbing), a criança indefesa e carismática (Shuya Sophia Cai), a hacker (Ruby Rose), o bilionário (Rainn Wilson), a ex mulher (Jessica McNamee) e o alívio cômico (Page Kennedy).

Apesar da superficialidade dos personagens, a interação entre eles funciona. E o elenco é competente com o material que lhes foi entregue. O que não é fácil, já que são inúmeros e intermináveis diálogos expositivos ao longo da trama. O filme ensaia um discurso ecológico “ Homem descobre e depois homem destrói”, e procura apresentar uma premissa científica com as pesquisas nas regiões inexploradas do oceano. No entanto o objetivo é causar tensão e suspense, gerar grandes cenas de ação e provocar momentos nervosos. E nisso ele é bem sucedido. O diretor consegue criar uma falsa tranquilidade que nos deixa inquietos em boa parte do filme. Explora bem a ideia de a ameaça das profundezas e esconde o tubarão gigante em boa parte da obra. A possibilidade do perigo assusta mais do que o perigo em si. É claro que existem várias falhas e furos. Como por exemplo uma carta de despedida que a partir de determinado momento é esquecida ou personagens que existem apenas para virar comida.

“Megatubarão” é inchado e possui algumas “barrigas”, apesar disso consegue apresentar reviravoltas que surpreendem, um protagonista carismático interpretado por um ator que consegue segurar a trama e está acostumado a encabeçar produções do gênero. Entrega uma história satisfatória e coerente dentro do mundo apresentado. Diverte e cumpre o que promete de forma despretensiosa e honesta.

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Nota do Sunça:

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