Sunça no Cinema – Tomb Raider: A Origem (2018)

Aos 21 anos, Lara Croft (Alicia Vikander) leva a vida fazendo entregas de bicicleta pelas ruas de Londres, se recusando a assumir a companhia global do seu pai desaparecido (Dominic West) há sete anos, ideia que ela se recusa a aceitar. Tentando desvendar o sumiço do pai, ela decide largar tudo para ir até o último lugar onde ele esteve e inicia uma perigosa aventura numa ilha japonesa.

118min – 2018 – EUA

Dirigido por Roar Uthaug e roteirizado por Patrick Massett e John Zinman. Com Alicia Vikander, Domic West, Walton Goggins, Daniel Wu, Kristin Scott, Hannah John-Kamen, Derek Jacobi e Josef Altin

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Em 2013 Lara Croft passou por um, bem sucedido, reboot em sua franquia de games. Era de se esperar que sua carreira cinematográfica sofresse o mesmo processo. Foram dois filmes, um em 2001 e outro em 2003, ambos estrelados por Angelina Jolie.  Agora em 2018, Alicia Vikander assume o papel de Lara e protagoniza uma adaptação do game de 2013.

Em “Tomb Raider: A Origem” Croft é uma jovem que trabalha como entregadora em Londres. Ela não aceita a morte de seu pai Richard Croft (Dominic West), desaparecido a sete anos, e se recusa a assumir os negócios da família e a herança deixada por ele.  Quando descobre indícios do paradeiro de seu pai ela parte para a ilha de Yamatai e acaba se envolvendo com a lenda de Himiko. Nesta nova empreitada Lara é retratada como uma mulher comum que acaba em uma situação de sobrevivência e passando por vários acontecimentos ruins. Uma pena que essa abordagem interessante seja deixada de lado e o foco real passe a ser as cenas de ação (Muitas vezes genéricas) e seu drama familiar, explorado através de (diversos) flashbacks. Inicialmente o longa se esforça em mostrar a protagonista lutando boxe, pedalando habilmente pelas ruas de Londres e até em uma perseguição ágil no porto de Hong Kong. Isso, para no futuro justificar suas habilidades nos momentos de dificuldade. Ainda que quando necessário ela receba uns poderes adicionais do roteiro. Ferida, machucada e perdida Lara consegue realizar proezas como escaladas difíceis, saltos gigantes e maestria em armadilhas mortais.

Alicia Vikander é convincente no papel e traz consigo um peso dramático. Sua personagem é mais humana, porém a trama não ajuda e a deixa Croft um pouco rasa e superficial. A performance da atriz salva vários diálogos ruins que poderiam soar ridículos. O mesmo não acontece com Dominic West que é protagonista de falas risíveis. O vilão Mathias Vogel (Walton Goggins) também é salvo pelo carisma do ator já que é um personagem raso e caricato que pouco tem a oferecer. O enredo até tenta humanizá-lo, mas não é bem sucedido nesse aspecto. Seu único aliado Lu Ren (Daniel Wu) pouco têm a fazer e acaba sendo “esquecido” pelo enredo. Com uma direção fraca e preguiçosa a narrativa segue desinteressante e previsível. Para fechar com chave de ouro em seus minutos finais “Tomb Raider” sugere que tudo o que presenciamos foi um grande trailer da próxima aventura de Lara.

“Tomb Raider: A Origem” têm força em sua personagem principal, Vikander entrega proezas físicas ao mesmo tempo que consegue transmitir o impacto de ter matado alguém pela primeira vez, ou a dor de ter o abdômen perfurado. Mesmo que o longa ignore tudo minutos depois. Seria mais válido uma trama que desse mais espaço para a história de sobrevivência de Croft, suas transformações físicas e psicológicas enquanto persegue o “fantasma” do pai e a lenda de Himiko. Mas tudo isso é pano de fundo para cenas de ação exageradas e a tentativa de iniciar uma franquia. Não é um desastre, mas Lara Croft merecia mais.

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Nota do Sunça:

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Um comentário a “Sunça no Cinema – Tomb Raider: A Origem (2018)”

  1. Avatar de b^onus de indicac~ao da binance

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