Sunça no Cinema – Resident Evil 6: O capítulo final (2017)

Em “Resident Evil 6: O capítulo final” Alice (Milla Jovovich) sobrevivente do massacre zumbi, volta para Raccoon City, cidade onde tudo começou. A cidade abriga a Colmeia, refúgio da Umbrella Corporation que reúne suas forças para um ataque final contra os remanescentes do apocalipse. Alice reencontra antigas amizades e convoca novos recrutas para vencer a dura batalha e salvar a raça humana.

107 min – 2017 – EUA
Dirigido por Paul W.S. Anderson, roteirizado por Paul W.S. Anderson. Com Milla Jovovich, Ali Larter, Iain Glen, Shawn Roberts, Ruby Rose, Eoin Macken, William Levy e Lee Raviv.

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Resident Evil é a franquia de filmes baseados em games mais bem sucedida da atualidade, isso é inegável. Iniciada com um bom filme em 2002, a série colocou Milla Jovovich no papel de Alice, uma protagonista forte e determinada. E isso, de fato, é algo muito louvável. Uma mulher com um papel forte em um filme de ação de grande orçamento não é algo comum hoje. Em uma franquia que agora conta com seu sexto filme, é mais incomum ainda. Isso é um grande mérito da série que a quinze anos atrás começou a estabelecer a imagem de Alice como heroína de ação, um esforço que hoje é um pouco mais comum (E necessário) nas franquias de sucesso. Presenciamos um momento especial em que princesas da Disney como Elza (Frozen) se libertam de seus príncipes, Rey (Star Wars: O Despertar da Força) uma heroína forte e protagonista da própria história (O mesmo pode ser dito para Jyn Erso de Rogue One: Uma História Star Wars) e grupos femininos em destaque como “As Caça Fantasmas”. “Resident Evil 6: O capítulo final” nos traz novamente uma Alice forte e determinada, uma pena que seja em um filme mediano com um roteiro preguiçoso com foco apenas nas sequências de ação e que não se preocupa em desenvolver seus personagens.

A narração em off de Alice nos relembra dos acontecimentos passados, explica a origem do T-Virus, nos mostra o primeiro morto vivo e a real ameaça da história a Umbrella Corporation. Tudo que precisamos saber dos acontecimentos anteriores nos é explicado tim-tim por tim-tim, de forma didática com cenas ilustrando a fala da protagonista. E creio que isso seja necessário, porque a partir daí o filme não para mais. É como um compilado de “Melhores Cenas de Ação” onde Alice mostra como é foda e em alguns momentos ingênua (Choque na moto? Cair na armadilha da torre?). Um roteiro que apenas se preocupa em causar espanto pela ação e resolve seus personagens com falas como: “Agora confio, eu estava errado sobre você.” Em determinado momento Alice, por coincidência se reencontra com Claire Redfield (Ali Larter) apenas para na cena seguinte receber um resumo da personagem de como é que ela foi parar ali. Afinal por que nos mostrar e construir com cuidado as relações dos personagens se você pode focar apenas nas lutas e explosões e deixar que magicamente todos confiem em Alice e que em um piscar de olhos todos virem migos.

Em “Resident Evil 6: O capítulo final” Alice (Milla Jovovich) sobrevivente do massacre zumbi, volta para Raccoon City, cidade onde tudo começou. A cidade abriga a Colmeia, refúgio da Umbrella Corporation que reúne suas forças para um ataque final contra os remanescentes do apocalipse. Alice reencontra antigas amizades e convoca novos recrutas para vencer a dura batalha e salvar a raça humana.  

O filme funciona como um game, no início encontramos a protagonista, em um planeta completamente destruído, machucada e desarmada tentando apenas sobreviver. Ela está desgastada com sede e à procura de munição, o que neste momento do filme parece difícil de encontrar mas logo se torna fácil e, é claro, acaba no momento em que o roteiro achar conveniente. E então já se depara com o primeiro monstro. A partir daí a trama vai escalonando as dificuldades enfrentadas pela protagonista como em fases de videogame até chegar no “chefão”. Enfrentar dois exércitos, que a princípio parecia impossível de vencer, se sair bem sucedido apenas para dar de cara com mais dois exércitos da mesma magnitude, é algo comum no decorrer do longa.

O filme tem alguns aspectos positivos, os vinte minutos iniciais em que a protagonista está sozinha onde praticamente não temos diálogo é uma construção interessante e uma boa apresentação para aquele pós-apocalipse onde tudo é alaranjado e dizimado. Em vários momentos Paul W.S. Anderson nos coloca dentro de um filme de terror. Alguns bons sustos estão presentes e cenas memoráveis como o menino morto vivo. As sequências de ação são boas, empolgam e pelo fato de serem aceleradas deixam tudo ainda mais violento. Vários ambientes do longa são bonitos, um exemplo interessante é a torre de resistência em Raccoon City. E apesar de piegas é (meio que) interessante que a corporação capitalista vilã da série se torne algo como uma seita religiosa opressora e maligna.

“Resident Evil 6: O capítulo final” é um conjunto de cenas de ação que empolgam, mas que em alguns momentos são confusas, com toques de terror, violência e com um vilão opressor e cruel que é um robô? Ou geneticamente modificado? Aliás, temos direito até ao momento vilão explica o plano maligno antes de ser derrotado. Marcado por diálogos medíocres “Vamos matar cada um deles!”, momentos patéticos (Trindade Alice?) e sacrifício que não é sacrifício somos guiados para um bonito final feliz. (Mas, espera aí. Seria um final mesmo?) No fim fica a felicidade de saber, que assim como eu, Alice é fã do Robocop: O policial do Futuro. (Filme original de 1987)    

 

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Nota do Sunça:

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